quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Planeta Terra como sistema



O Planeta Terra como um Sistema

Muito se tem falado de sistema ecológico numa visão de integração e de auto dependência. Uma ideia central está no fato de haver predadores e presas; parece que todo animal é visado por outros de uma ou mais espécies ditas predadoras. Algumas espécies, no entanto, estariam numa posição denominada topo da cadeia alimentar. Um exemplo é o leão; outros são o tubarão e a baleia Orca.
No entanto, o sistema ecológico é algo mais amplo; envolve gases, rochas, minerais vegetais e animais. Afinal, a cosmologia aceita ainda hoje é a que coloca o inicio do universo como fruto de uma explosão. No deslocamento durante a expansão ocorreu resfriamento e a possibilidade de vida.
Assim a integração mais apurada e que integra todo um ambiente é o que envolve questões de temperatura, gases e ambiente para geração e manutenção da vida. Sabemos que a vida teve seu inicio num ambiente gasoso e caótico até atingir um ponto de estabilidade (onde apenas pequenas oscilações ocorrem).
O planeta Terra seria um sistema de auto regulação.
 Esta consideração é denominada         Gaia A Terra Viva e apresenta a Terra como um sistema autorregulado. Isto será descrito mais adiante.A manutenção de uma temperatura capaz de manter um ser vivo existir é uma das ações deste sistema.
Os seres vivos são desenvolvimentos de sistema autorregulados e se podem agir modificando o meio ambiente, está clara a sua dependência. E isto é tênue. A extensão da superfície da Terra nos dá a falsa impressão que podemos alterar de forma indiscriminada e indefinida o ambiente em que vivemos.
Desde há muito os sinais vermelhos de alertas foram dados. Desmatamento, poluição de rios e da água em geral. Pesca predatória, uso de energia não renovável, e a poluição generalizada do ar que respiramos já são bastante conhecidos. Falta agirmos de modo consciente para usufruirmos uma vida saudável.  


O SISTEMA GAIA
 Pág. 93 (7): Para existir um sistema autorregulado, os organismos da biosfera deviam produzir gases. Por isso, os diversos organismos deviam produzir e remover certos gases. Podemos dar um exemplo do ciclo do dióxido de carbono (pág. 93 (5)). O CO2 é um dos principais gases da estufa. Os vulcões o expelem há milhões de anos. Gaia precisa expeli-lo para fora da atmosfera.
De alguma forma, elementos ditos inanimados como as rochas e os seres vivos tiveram a mesma origem gasosa. Dai se considerar que a vida e as rochas assim como os gases estão num mesmo ciclo povoando a Terra. É importante para o entendimento de algo comum entre seres vivos e os inanimados como rochas, a existência de corais. Não podemos dizer simplesmente que um coral é uma rocha pois ele é sensível até mesmo ao nosso caminhar sobre ele. È interessante a existência de certas partes solidas como o marfim produzido por um ser vivo como o elefante. A pérola nasce de certas  conchas. Podemos dizer que a temperatura é um dado importante para a existência da vida. Também o é um gás como o oxigênio. Um local como o mangue é fundamental para a reprodução e existência de vários seres. Portanto, o ecossistema é algo mais complexo do que a coleção de seres vivos.   
 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Lendo Uma Partitura



Quando o músico lê, vivencia a partitura.
E considera os aspectos envolvidos: o tom (na música tonal), o ritmo, o andamento, e a métrica. A partitura é o texto do musico e se propõe a transmitir as ideias essenciais do compositor. As conquistas recentes da musica contemporânea exigiram uma mudança radical na escrita com a introdução de novas simbologias. No nível neural, tocar um instrumento exige ações complexas de nosso cerebelo e do tronco cerebral que podem ser observadas. A ideia de ritmo diz respeito à duração das notas; a de andamento, à velocidade da peça musical e a métrica significa como marcamos o tempo na pulsação forte e fraco. Também é denominada de compasso. Mal comparando, quando o musico lê uma partitura, é como se estivesse caminhando ou fazendo outro tipo de movimento ao ler um texto. A partitura para piano possui dois textos simultâneos: a parte grave e a parte aguda que são tocadas em grande parte pela mão esquerda e pela mão direita respectivamente. 
Ao pinçar uma corda de violão tocamos uma nota; ela tem um som ‘colorido’ não é como o som monótono do telefone fixo ao buscarmos ‘a linha para ligar’. Uma pedra atirada num lago sereno forma ondas concêntricas, mas só um tipo de onda. Esta forma de onde vem de um movimento harmônico simples. Para ver uma descrição deste fenômeno e de outros aspectos básicos do som como a série natural harmônica, a série de Pitágoras e a escala temperada, acompanhe o blog, pois em breve será postado um texto explicando estas noções. A corda pinçada emite outros sons que acompanham aquele original: são os harmônicos. Acontece que a metade, um terço, um quarto, um quinto dela vibra. Os sons correspondentes formam a série harmônica. É como se jogássemos varias pedras de peso e formato distintos no lago. O som precisa de um ambiente elástico como o ar ou a água para se propagar em ondas. Mas não iremos adiante neste texto. O primeiro harmônico é a mesma nota repetida uma oitava acima; vem da metade da corda vibrando (o som é mais agudo, ou seja, mais alto). Por exemplo, a primeira e a sexta corda de um violão geralmente estão afinadas em mi. Se prendermos a corda na metade de seu comprimento obtemos sua oitava, que é a nota mi mais aguda. Esta é uma lei física relativa ao som: ele se repete numa nota mais aguda que corresponde a um intervalo de oitava. Imaginemos agora que uma corda esticada está afinada em dó. Partindo da corda C³ (dó central do piano), teremos a série harmônica do3, do4, sol, dó, mi, sol, si bemol, lá, etc. Pitágoras fez seu trabalho usando o conceito de quinta (e de quarta). Partindo de dó a quinta nota é sol. O musico vai percorrendo a partitura seguindo seu andamento, ou seja, na velocidade na qual a musica se desenrola; é seu passo, é seu pulsar. Um samba pode ter seu andamento mais lento como muitos de Paulinho da Viola ou ser mais rápido como agora são os sambas enredos. Marcando com os pés sentimos isto. A música tem por parceira as sugestões escritas, pois, na verdade, a interpretação do musico apresenta nuances ocultas da partitura. Também o autor revela muito mais do que está na pauta. Mas esta mostra a essência da musica e é fundamental para o entendimento musical. A interpretação é mesclada. Emoção e convenção ficam parceiros. O cérebro e a mente se envolvem numa função dupla acoplada, trabalhando juntas. Na musica popular as cifras representam sons simultâneos. Indicam os acordes. Nós apenas comentamos o inicial que o musico precisa para ler uma partitura. Os sons partem do instrumento e vão até os limites do audível. Provocam emoção, críticas, aplausos indiferenças ou vaias. Mas para tudo isto, o ato de ler a partitura exige muita dedicação e estudo. Isto nem sempre está exposto ao publico. Mas um admirador de musica é fundamental. Artista e publico são  cumplices na arte.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nota sobre a Caatinga




A Caatinga é...
Não disfarça, é o próprio sofrimento, padecido no tempo em que o sol pisoteia e tortura o verde. Não esconde os galhos no permeio de folhas que balançam na brisa. Não há energia para a fotossíntese.  Nesta forma pré-desértica, a vida não se expõe, para não sucumbir.
A vida não está à vista, mas escondida em tocas, no oco de um tronco e no escuro de uma rara sombra.  A vida pulsa interna como um coração.
 O sol transpassa a Caatinga, a ocupa toda, espiando direto sua nudez desfolhada.
O Mandacaru é uma reserva, enfrentamento ao que torra. Como um cálice da vida armazena a água na forma lodosa, pois o sólido não evapora. Tem grandes espinhos. Defesa para não ser devorado.  As árvores não têm folhas, pois secas, não respiram e tombam. Seus galhos não são lisos e exibem seus espinhos incrustados como unhas de gato.
Eles secos, protegem um tênue miolo como a pele de um trabalhador sedento e faminto.
Tudo é lento, pois o calor cassa a energia. Todo movimento custa caro em água. A vida.
O marrom é a poeira, o pó, marca da Caatinga, que, malgrado todo sofrimento e castigo, resistiu de pé para não ser deserto. É a natureza da Terra frente a frente com o Sol.

Neste ambiente de trechos inóspitos, o sertanejo deveria contar com recursos tecnológicos e científicos de que a humanidade dispõe atualmente. No entanto, não há decisões que amenizem seu sofrimento e desespero. O sertão é pobre. Na década de Canudos, o povo da região fundou algo como seu próprio país longe do que se chamava Republica; e dentro de uma estrutura comunitária viviam de forma a mostrar ser possível tal empreitada. Em Cangaceiros e Fanáticos, Rui Facó enfoca que a existência de cangaceiros e o movimento de Canudos foram devidos ao abandono federal.  Enquanto o Nordeste brasileiro for marcado pela seca, fome e desigualdade, o Brasil não será potencia; pois no seu calcanhar estará plantada a seta que significa: este país sofre a desigualdade e nenhum presidente desta republica dormirá tranquilo, pois é inapto a resolver um problema de toda uma região. Podemos fazer um perfil do consumo básico de água para uma família formada por um casal e três filhos.

2 descargas de 6 litros X 5 pessoas (casal com três filhos)    =     60 litros dia
2 litros de água bebida por pessoa X 5 pessoas                                  =     10 litros dia
5 banhos X 6 litros                                                                 =     30 litros dia
Lavagem diária de roupa e utensílios                                     =       7 litros dia
10 litros diários para cozinhar                                                =      10 litros dia
Soma   =    117 litros dia
Numa seca de um ano       = 1177 X 365       =                        42 705 litros de consumo
Numa seca de dois anos   =1137 X 365X2  =                         85 410  litros de consumo
Alguma planta para regar, como por exemplo canteiros de uma horta de consumo próprio?
Algum carro para lavar? (como na cidade).

Uso da energia solar
 Hoje é possível discutir o processo de desertificação das áreas de seca do Nordeste.  As verbas para o ‘combate à seca’ passam por estudo de geólogos e cada vez mais o politico é deslocado do centro da equipe de combate à seca, pois fica claro que a montagem de projetos de pesquisa e da infraestrutura é o caminho para a solução do problema.
O Brasil tem agora centros de estudos em que se abordam os problemas próprios do país.  É a Universidade contribuindo para o país.
Neste sentido, é necessário um projeto de pesquisa para se utilizar áreas onde a salinização ameaça parte do solo nordestino rumo à desertificação.
É bom pensar na parte árida do nordeste como um potencial de energia solar. Numa área destas, onde brilha o sol quase que o ano inteiro seria oportuno se construir verdadeiras centrais elétricas de energia solar. Nem toda terra é dedicada à lavoura ou à pecuária.